terça-feira, 20 de maio de 2008

Protagô: Michel Mendes

clique acima e veja o vídeo do Michel
AUTO-RETRATOS
Está faltando incentivo na sua vida, você tem que conhecer um cara:
MICHEL MENDES


Não que ele seja um consultor “anti-deprê” , um conselheiro espiritual ou um vendedor da Herbalife. Michel é o tipo de gente que não deixa nunca a peteca cair, está sempre agitando aqui e ali, sabe encontrar parcerias, e ainda faz de um jeito que te convence de que aquilo é o máximo. Não dá para esperar menos de uma pessoa que considera o punk rock inglês um de seus movimentos culturais favoritos. Por quê? Alguém se lembra do slogan deles? “FAÇA VOCÊ MESMO!”. Pronto, comprou a idéia? Então agora se renda aos encantos de Michel Mendes.
Há cinco anos atrás, ele era fisioterapeuta, e freqüentava a praia na João Lira no Leblon, e no Coqueirão, em Ipanema. Anos depois, ele ainda vai à praia nos mesmos lugares, só que agora o foco aumentou e a ação também: o jovem é um integrante, super atuante, da Hospedaria Carioca (um dos coletivos culturais mais badalados da cidade), pintor, produtor da festa Araca - que reúne trabalho de jovens artistas e incentiva a garotada a criar e “botar a cara” - e ainda de quebra fez as estampas para a última coleção da loja Totem.

Capítulo 1

Entrar de cabeça no sonho, mesmo para um jovem é uma escolha complicada. Aos 17 anos ele pensava que pintar não pagava as contas e entrou para a faculdade de fisioterapia. Fez estágio, e até pós-graduação em RPG. Mas quem olha para ele logo percebe que saber tanto da anatomia humana, só fez ele se interessar mais pela anatomia da alma do artista que pulsava dentro dele e dos outros. Michel é um cara generoso. Ele recuperava as lesões das pessoas, mas os pincéis o chamavam, então logo ele percebeu que quem ficaria lesionado era ele, se não começasse a pintar o túnel que levaria o sonho dele para a realidade.

Com o dinheiro do estágio ele pagava o curso de artes plásticas no Parque Lage. “Comecei a expor e a vender meus quadros, trabalhei contatos na área, participei de vernissages e me inseri no meio das artes plásticas do Rio de Janeiro. Fiz novamente vestibular e depois de dois anos passei para uma federal, dessa vez no que eu gosto: Belas Artes na UFRJ”, conta.

Capítulo 2

Depois disso a integrar a Hospedaria Carioca, adicionando seu charme, otimismo e talento a esse "coletivo", que une profissionais de diversas áreas em prol da cultura e do resgate ao orgulho de ser carioca. Através da Hospedaria Michel faz o que sabe: une pessoas. Pintores, designers, atores, estilistas, e afins, que tem pelo menos duas coisas essenciais: 1) o orgulho de ser carioca, 2) exercem suas profissões com arte. Assim, nosso personagem conhece e conecta as pessoas certas, que tem pelo menos essas duas coisas em comum com ele.

Esse ano, realizou outro desejo, criou a Festa Araca. Esse nome se refere a célebre e temida jurada do Chacrinha. Os calouros tinham medo de Aracy, e numa alusão ao medo que os jovens artistas tem de se expor, Aracy inspirou uma série de quadros de Michel e deu nome a sua festa. Com a Araca, ele faz o que realmente mais gosta: une diversos gêneros da arte numa noite animada e incentiva os jovens criadores, dá espaço para os consagrados e para ele mesmo. Ninguém melhor do que nós mesmos para reconhecermos e batalharmos pelo nosso próprio talento. Agora dá para entender que Michel Mendes não só ama, mas vive o slogan “FAÇA VOCÊ MESMO!” e também ilustra perfeitamente o nosso lema “Fé no foco” e ainda incentiva os outros a também serem pessoas com garra, ação e fé no foco.


Fé no Foco - Como você define a sua geração?
Michel Mendes - ANTENADA, CIBERNÉTICA,
Pense em aspectos positivos e negativos predominantes nessa geração. FALTA DE GARANTIA DE UM BOM FUTURO E EMPREGO , E POSITIVA , MAIS DIALOGO E INFORMAÇAO SOBRE POLITICA, RELIGIÃO, SEXUALIDADE, ETC ...LIGADA NAS MUDANÇAS DO MUNDO


Qual geração você mais admira e tem uma influência na sua vida? PUNK ROCK INGLES , ANOS 70 /80 , " FAÇA VC MESMO!



Você se considera um "jovem de atitude", que atua em prol da sua geração? Como?

CONTRIBUO COM MEUS IDEAIS, E ASSIM ACABO INFLUENCIANDO AS PESSOAS QUE ESTÃO A MINHA VOLTA. NÃO GOSTO DE LÍDERES, MÁRTIRES, OU SALVADORES DA PÁTRIA, E DESCONFIO DE QUALQUER PESSOA QUE FAÇA ALGO POR "UMA GERAÇAO" OU "PELA HUMANIDADE " HAJA LOCAL, E ISSO TERÁ UMA REPERCURSAO GLOBAL.

O que é ter atitude? É SABER O QUE SE QUER !
Como você encara os seus sonhos? ACORDADO E TRABALHANDO

Sua escolha profissional é determinada pelo sonho ou pela questão financeira? PELOS DOIS. É PRECISO SE FAZER O QUE GOSTA, E FUNDAMENTAL DESCOBRIR FORMAS DE SE GANHAR DINHEIRO COM ISSO. SEM GRANA NENHUM SONHO SOBREVIVE.

Você esta feliz em ser jovem agora ou gostaria de ter pertencido a um outro tempo? Por quê? MEU TEMPO E HOJE. SÓ SE VIVE O PRESENTE !

O que é ter Fé no Foco? É CRER EM VOCÊ MESMO E TRABALHAR SEM VACILAR PARA QUE ISSO ACONTEÇA .








FESTA ARACA, GAVEA, RIO DE JANEIRO







Quer saber mais sobre o Michel???

http://www.mendz.com.br/

http://www.mendz.multiply.com/

http://www.festaaraca.blogspot.com/






















terça-feira, 13 de maio de 2008

Nome: Patrícia Maurício. Um jovem Brasileiro
Idade: vinte e tantos (já com a nóia da crise dos 30)

Salário: pouco, inconstante.

Comida: da mamãe ou da empregada ou então como rapidinho um sanduíche
Deveres de casa: Da mamãe ou da empregada

Carta na manga: Cartão de crédito do papai

Nunca fez na vida: Lavou uma privada,mas se gaba de que faz a cama, ou lava uma loucinha de vez em quando
Maior preocupação: Futuro. Financeiro! Realização profissional. O coração nem sempre vai bem, mas de fome o coração não morre. Chora mais não morre.

Maior medo: não morar na Zona Sul, acabarem com o baixo Gávea, não ter os domingos livres pra dar um role na orla.

Sonho 1 (acima de qualquer coisa): ser bem sucedido

Sonho 2 (utopia, mas bem que queria): ser artista e viver disso

Estilo: Vários. Eclético. (já percebeu que todo mundo se acha eclético) .

Balada: do pop ao rock, da rave a MPB, do forró ao hip hop, do pacode ao jazz, do samba ao soul, do bar ao baile + um(s) choppinho e um(s) cigarrinho toda semana, e uma balinha, um béquinho, um greenzinho, um docinho, de vez em quando.

Cidade Preferida: Rio de Janeiro

Opções turísticas:
Guarda do Embaú, Floripa, Farol de Santa Marta, Sampa, Ilha do Mel. Vidiga, Nikiti city, Emoções, BG, Tuití, Borel. Sana, Martin Sá, Itaúna, Parnaóica, Aventureiro. Sono, Maranhão, Madureira, Pipa, Back Door, Itacaré, Salgueiro. Paris, Londres, Indonésia, Machu Pichu, BB lanches, Mauá, Austrália. Petrópolis, Serra do Cipó, Leblon, Coqueirão, Posto 9, Pizzaria Guanabara. Mangueira, Reserva, Prainha, Grumarí, Santa, Lapa, Pedra da Gávea. O próprio quintal, a janela, a própria cama, a TV, a própria casa.

Futilidade é um saco. Mas também não precisa ser escondida atrás do armário. Todo mundo tem, e apesar dessa ser uma enquete especialmente inspirada numa faixa bem afunilada, muitos jovens brasileiros tem pelo menos uma resposta em comum com nosso personagem acima, ou pelo menos conhece alguém que tem. Ou seja, de uma forma ou de outra: faz parte da raça.

O que te move?

Carolina Amorim
A BURGUESIA PERDEU A CLASSE

Se você se identificou com as respostas acima, se até pra dar um presente de dia das mães para a sua mãe você utiliza o cartão de crédito da própria, pode ter certeza, pertence a chamada burguesia. Não a burguesia de classe social (essa foi embora com a revolução francesa), mas a burguesia da inércia coletiva, da falta de ideais, ou da preguiça de lutar por eles. Ou seja, a burguesia que não mete a mão na massa . Se você for rico, ou tiver pelo menos uns pais que te ajudam "moiiiinnto" não se sinta só, nem mal por isso. Tem muito jovem que enche a boca pra dizer que é pobre e faz a mesma coisa, mora com o papai, come comidinha da mamãe, não tem coragem e disposição de trabalhar 8 horas por dia, fica duro que nem cimento, mas não se rende ao emprego fixo, nem sabe o que é carteira assinada. Não pega na vassoura, não mete o pano no balde e nem sabe o que é uma enxada.


A burguesia há muito deixou de ser classe social. É um estilo de vida, é a juventude, "tá impregnada" (palavra de quem já circulou por ai, conhece a causa!) , e sempre, sempre, mal falada, descriminada, coitada! Não é uma questão de conta bancária, é uma questão de atitude, preguiça, insegurança, comodidade, medo, painel econômico e falta de vergonha na cara!
Ser classe média hoje em dia está ficando complicado. Se voce nao é negro, não é pobre, estudou em escola particular e não mora na favela, cuidado por onde anda. Pode até morar de aluguel, mas se for da zona sul, então ja está no seu DNA: não sabe sambar, nem jogar futebol, não tem bunda grande, não sabe rebolar, e nem ouse tocar num pandeiro. E mais. Quando vai pra favela ainda tem que escutar que ta querendo colonizar.


Também não desfruta da real mordomia da “real burguesia”. Sofre acusações e nem pode desfrutar da lancha, de angra, do japa do dia-a-dia, daquela roupitcha da temporada e de New York dos fins de semana.

Resumo, ta ferrado! Mas também, tá pedindo. Tanto que já andam falando.... estão colocando a culpa dós problemas do país, em você, jovem de classe media. Tem colégio, internet, tv a cabo, e cursinho de ingles. Faz capoeira, violão, teatro, faculdade.... Aprende tanta coisa que te cobram responsabilidade. E voce está fazendo o que com isso? olhando para o próprio humbigo? sem querer alimentar fofoca, mas estão te chamando de alienado....


OLHARES ENJAULADOS


No final a maior pobreza, a maior alienação, é enjaular esse bando de gente em grandes categorias como: os Ricos (vulgo playboy, mauricinho) – só querem saber de proteger a herança. Os pobres - tão trabalhando ou estão reclamando que não tem oportunidade. E a Classe-média – que está fumando seu baseado e olhando as luzes da Cidade. Também tem outras, os negros, os brancos, os nordestinos e as louras e todas as tantas formas de olhar e criticar o ser humano através de uma visão exterior.

Essas categorias estão dando no saco! Estigmatizando as pessoas, gerando medos, afastamento e preconceitos.Mais do que raça, mais do que cores, mais do que roupas, mais do que classe social, o que nos une, ou divide, a nós jovens seres humanos, é o nosso IDEAL. Vamos gritar essas palavra: IDEAL.



Mais importante do que saber onde você mora, ou como se veste, ou o que gosta de fazer, é perceber o que move, o que pensa, pelo que luta a pessoa que está diante de você. Só assim os encontros serão verdadeiros e capazes de produzir as mudanças às quais tanto desejamos.
Antes de olhar o mundo, é necessario apaziguar as guerras interiores, não deixar os pré-conceitos guiarem sua atitude.

Esqueça o conceito de revolução relacionada aos grandes heróis, as lutas armadas. Traga ela pra dentro de si, seja seu próprio herói. A revolução individual, a REVOLUÇÃO HUMANA é o principal passo para atingirmos o nosso tão famoso, tão sonhado, IDEAL COLETIVO.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

A (JÁ) ERA DO VAZIO E DA LIBERDADE




Como você definiria a sua geração?

Pense antes de ler.


“Cheia de liberdade e sem saber o que fazer com ela” diz a jovem escritora Gisela Gold.


Alguma coisa a ver com o que você pensou? Ou não exatamente?

Em poucas palavras Gisela resume a grande vantagem e o enorme vazio de ser um jovem no século 21. Na era da tecnologia, do aquecimento global, da liberdade sexual, do acesso à informação, onde estaria esse vazio? Para Rick Yates, um gerente de marketing pra lá de multimídia, o grande motivo dessa inércia coletiva é a ausência de causas para defender. Causa é o que não falta, a questão é que essas causas, por algum motivo não movimentam mais os jovens coletivamente. Seria também a era da solidão, do individualismo? Uma solidão conectada, compartilhada com milhões em uma rede?

A questão é: o que é ser um jovem em 2008? O que pensa, como age, o que aflige e motiva a nossa juventude?

O PORQUE DE TUDO ISSO

Esse blog surgiu dessa inevitável pergunta que permeia todas as juventudes de todos os tempos, pois os jovens sempre carregam o futuro em suas mãos. Como sentimos uma desesperança pairando no ar, uma dúvida geral circundando as mentes, uma falta de ídolos total, e ao mesmo tempo tantos exemplos de pessoas incríveis que estão literalmente botando para quebrar, resolvemos colocar o assunto definitivamente em pauta, e a cada post essa gente vai dar o ar de sua graça por aqui. Nossa missão não está em fazer uma dissertação sociológica, em provar nada.

Poderíamos ficar a tarde inteira falando sobre os problemas da nossa geração, mas a toda moeda tem dois lados e a vida tem muito mais que duas possibilidades de visão. Apenas escolhemos procurar quem está “fazendo acontecer”, para que assim incentivemos a nós mesmas e aos nossos amigos, a viver com uma pitada de esperança num mundo com grandes causas e batalhas. Todas vencidas. Sem jamais esquecer e citar, é claro, o outro lado (e os outros lados ocultos) da moeda. Afinal, uma alfinetada de vez em quando faz bem.

Aqui falamos de juventude, mas não restringimos esse conceito à idade. Nós mesmas não pertencemos somente a essa geração, somos filhas daqueles jovens que lutaram pela liberdade de expressão, netas dos filhos da 2ª grande guerra, bisnetas dos imigrantes, tataranetas dos índios, dos escravos, parente dos românticos, dos gregos, dos egípcios, dos maias e dos fenícios, dos orientais e até dos animais. Em fim, de toda essa raça de gente que lutou para chegarmos até aqui.

Somos utópicas assumidas e incuráveis